A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

UMA REBELIÃO NO NORDESTE

- Clima de conflito agita a vida política no Brasil.
- Decadência econômica do nordeste (produção açucareira).
- Insatisfação da população com o controle exercido pelos portugueses: comércio e cargos administrativos.
- Revolução Pernambucana de 1817:
  • Padres, artesãos, militares, juízes, proprietários de terra assumem o governo de Recife e proclamam a república.
  • Inspiração na Revolução Francesa.
  • Proposta de elaboração de uma Constituição: liberalismo, liberdade de imprensa, soberania popular e tolerância religiosa.
  • Divergência entre os revoltosos: elites (manutenção de privilégios) e pobres (defesa da igualdade).
- O movimento é derrotado e os revoltosos foram presos e os líderes executados.

A VOLTA DE D. JOÃO VI A PORTUGAL

- Expulsão das tropas francesas de Portugal.
- Portugal passa a ser governada por um conselho chefiado por um general inglês.
- Revolução Liberal (1820):
  • Iniciada na cidade do Porto.
  • Exigência: retorno do rei D. João VI e elaboração de uma constituição liberal.
  • Convocação de eleições para as Cortes (Parlamento português).
- Aprovação de medidas de recolonização do Brasil.
- Retomada dos monopólios portugueses.
- D. João retorna e deixa o filho D. Pedro como regente do Brasil.

D. PEDRO E AS ELITES

- Elite brasileira: apoio a monarquia dual (D. João – Portugal e D. Pedro – Brasil).
- Interesse em garantir as liberdades conquistadas a partir de 1808.
- Receio de mobilização social pela independência: exemplo do Haiti.
- Pressões das Cortes (recolonizar o Brasil) fez com que a elite aderisse a ideia da independência.
- O Parlamento português exige o retorno de D. Pedro.
- O príncipe regente decide permanecer no Brasil: Dia do Fico (09 de janeiro de 1822).

A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

- Agravamento das relações entre as Cortes e o Brasil.
- As Cortes reduzem o poder de D. Pedro.
- Ministro José Bonifácio aconselha o príncipe regente a romper com Portugal.
- Em 7 de setembro de 1822 a Independência do Brasil é proclamada.
- Outubro de 1822 D. Pedro é aclamado imperador do Brasil.
- Processo de independência:
  • Aliança política entre D. Pedro e a aristocracia rural brasileira.
  • Exclusão da participação popular no processo.
 A RESISTÊNCIA INTERNA

- Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e algumas regiões da Bahia e da Província Cisplatina: não aderem a independência.
- Guerra na Bahia:
  • Tropas portuguesas resistem.
  • Oficiais ingleses apóiam as tropas imperiais.
  • Em 2 de julho de 1823 (independência da Bahia) os portugueses são derrotados e expulsos de Salvador.
- Unidade territorial do império foi definida no final de 1823 com a derrota da resistência.
- História tradicional: independência pacífica e ordeira.

A BATALHA DO JENIPAPO

- Conflito travado no município de Campo Maior (Piauí): decisiva para manter a independência e a unidade territorial.
- Tropas portuguesas lideradas pelo governador da província João José da Cunha Fidié.
- Mobilização popular: vaqueiros, artesãos, fazendeiros, roceiros, lavradores e escravos.
- Portugueses são derrotados: Fidié é preso e enviado para Portugal.

O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL

- EUA foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil.

- Tratado de Paz e Aliança: Portugal reconhece a independência brasileira mediante pagamento de indenização de 2 milhões de libras esterlinas.